FELIZ NATAL...!!!

Celebremos
É dia de Nosso Senhor...
Que em todos os corações
Possa haver tudo o que ELE
nos veio trazer...
A paz, a harmonia, o Amor, a alegria.
Ò ...!!! Bendito seja aquele que um dia
Numa mangedoura nasceu
para nos vir dar vida...
A vida eterna...
FELIZ NATAL..FELIZ ANO NOVO
A todos vós que á muito nada sei...
me perdoem...mas agora voltei...
Bem hajam...

SOL

Momentos - De regresso a Alcochete

Caros amigos e leitores,

No próximo dia 23 (sábado) pelas 16h na Biblioteca Municipal de Alcochete, irei realizar mais uma sessão de apresentação do meu 3º livro de poesia – “Momentos…” .

Esta iniciativa faz parte de um projecto pessoal, de levar o meu livro ao conhecimento do maior número de pessoas. Depois de Alcochete (Freeport), Lisboa, Anadia e Porto, o “Momentos…” regressa a casa, para mais uma sessão a sul do Tejo.

Gostaria de contar com a sua presença…

Obrigado

Com amizade
Luis Ferreira

ISSO

É um poema
Essa trama de veias
Essa coisa de asas
E de apelos.
Um galope sem freios
Um camafeu
Comovido o meu retrato
Ao meio
Do vidro partido
Coração.

Me sei assim
Isso
Poeta
A espera de outras fomes
Cuido da espada
Atravessada ao meio
Da jugular
Assim é dor
E desespera
Mas, não sangra.

Isso
Poeta
Vigio o poço
Onde atiramos os desejos
E ainda persigo os sonhos
Como ovelhas fugidias
Num pasto de estrelas.

Sempre à noite
Quando as palavras
Se carregam mais
De tragicidades
urgências.
E, com alguma arte
E possível ouvir-lhes
(Das palavras)
O som.

Isso
É assim.
Um verbo no início
Um poema
No fim.


NÃO É HORA!...

Nas entrelinhas de certas palavras
Um arrepio ....................
Que fazes...que dizes...que sentes???
Onde estás?...para onde foste?...
Não!...não é hora de partir...
Ainda não...
Por mais que seja teu desejo...

Fica em paz, espera...
Sabes que para lá...
Para junto dela irás, mas ...
Ainda não é tempo de partir.
E quando esse dia chegar
Quando Deus te chamar
Por ti não...não vou chorar
Pois ficarei feliz, porque TU ficarás enfim feliz....
SOL


Vou sair conforme entrei


E mais um poeta por mim passou
E sussurrou-me ao ouvido
O que se passa aqui…

"São os cabelos negros,
selvagens,
que não se deixam desenhar,
são os olhos que se escondem
e sussurram tatuagens,
beijos quentes,
sonhados...
São as palavras não ditas,
são os mundos que tu sentes,
os papeis amarrotados…

É a brisa que te leva,
é o vento que me traz…Aqui
para te ler e apreciar,
a musica ouvir e no ouvido levar.

Vou sair conforme entrei
E sussurrar ao poeta, que aqui pode entrar...

POETA DE TERRA E MAR



Pelo fio da palavra
Me deixo conduzir,
Metafórico dilema
De existir.
Contornada desses
Matizes mais intensos,
Flores líricas,
Rosas míticas
De sangue e carmim.

Por dentro
De mim,
Cavernas dentre cavernas,
Na lucidez de experimentar
A própria sombra,
E provar,
Sem medos,
O sabor solene
Desse vinho,
A retzina dos deuses.

Da escuridão,
Do ser lírico,
Emergir das dores,
Dos risos,
Do que sobrou dos abismos
E dos naufrágios,
Nesta dança de ser poeta,
De terra e mar.

Incerta,
Contradição de ser
A soberana dona
Das palavras vãs,
E na escravidão da mente,
Me perder,
E me encontrar,
Apenas quando vergo
O corpo, em delicado lírio,
E beijo o chão
Do palácio de um poema.

Sandra Fonseca

EXISTIR...


Existir é um fardo
que se tornou pesado
...muito doloroso
É uma espécie de necessidade
muito dolorosa...
Carrego o fardo de existir
Porque existir sem existir
é de todo muito doloroso.
Doloroso dia-a-dia
Doloroso viver... existir... desistir...
Carregando o peso da vida




SOL


A inesperada silhueta da sombra

que a noite desperta

entre o luar e as árvores nuas

aproxima-me do promontório

abismo insondável

dos meus sonhos negros

Nem a mão que repousa na esperança

da luz total das tuas mãos

me devolve à plenitude da lucidez

Há um espaço por preencher

no relevo da parábola

verbo que esventra a noite

quando a tua ausência é presente

Dilacero as esquinas do granito

mãos ensanguentadas

no pescoço da madrugada

até que o sal apazigue a angústia

ou a bebedeira me passe.


©efeneto



Rascunhos em folhas brancas

Mãos despidas,
Pedaços de nada…
Onde caem gestos,
Das palavras…
Doces… Amargas.
Rompes a aurora,
Rasgando o céu
Em traços coloridos
Nos sons
Que dançamos ao luar.
Na loucura sã,
Trepei a liana da seiva,
Alcançando a outra face,
De onde corriam Lágrimas em pérolas
Nos rios de prata do teu rosto.
Sentei-me na ardósia
Onde escrevi o teu nome,
Esperando…
Que no renascer
O tempo sopre aromas
Da beleza do teu corpo.
Assim embarquei
No barco que moldei
De folhas em branco…
Onde existem sempre
Rascunhos de sentimentos.

Fotografia - Humberto Machado (tema - Vou encontrar a resposta...)

O olhar e as mãos

Quando as palavras
secam na garganta
no momento exacto de as dizer
parecem rochas encrostadas na terra
impossíveis de as moldar.

Fico na impotente ansiedade
como náufrago, sem gritar.

Sei como são cruéis
e tiranas as palavras
que se recusam a pronunciar-se
naquele exacto momento
em que mais são precisas.

Quando me acontece contigo
substituo-as pelo olhar
e as mãos dizem o resto.
**
©efeneto