No banco de jardim



Um dia fui ao jardim
sentei no banco
ansiava por flores, árvores, chilrear de pássaros...
encontrei tudo isso e solidão.

Um dia fui ao jardim
sentei no banco
ali bem sozinho, ouvindo, vendo
Encontrei o mar, sua vastidão, suas lágrimas
Encontrei paz temporária de alma

Um dia fui ao jardim
sentei no banco
bem recatado, lá bem escondido
e foi onde me encontrei

Um dia fui ao jardim
sentei no banco
e lá bem em frente te vi
sentada num pequeno muro
ouvi os pássaros, vi as mais belas flores
senti o cheiro a primavera e a maresia


Um dia fui ao jardim
sentei no banco
e me fizeste sinal para sentar ao pé de ti
e o banco de jardim ficou vazio
para outros que procuram

JGuerra

13 comentários:

Paulo disse...

Por meu livre pensamento, fui um dia ao jardim a meio da noite.

Todos os bancos estavam vazios: Mas foi de um desses bancos que te levaram a meio da noite...
Desde então, sei que estas longe...demasiadamente longe.
Mas, onde quer que estejas, ao menos ouves o vento... ao menos ouves o mar.
Entretanto eu irei sempre ao jardim a meio da noite para, com o olhar ceguinho de choro, «dançar» agora com a saudade do teu olhar.

PS: Obrigado pela visita.Obrigado pelo desassossego da sua poesia, carregada de pessoas, paradoxos e anologias....senão mesmo, "altares de nós".
Paulo

Espaços abertos.. disse...

Um espaço preenchido por dois seres que se complementam,nas suas tristezas,alegrias ou no vazio da alma, onde a mágica bruma é uma infinita cereza...
Bom início de semana
Bjs Zita

DE-PROPOSITO disse...

Aqui estive no banco do jardim.
Vou partir.
Felicidades.
Manuel

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Lindo poema.
Adorei!!!!!!!!!!
Beijos
Fernandinha

lua prateada disse...

Úm dia fui ao jardim...e foi lá que me encontrei»pois é amigo por vezes é mesmo mos lugares mais reconditos que nos encotramos, mas o que é oreciso mesmo é nos encontrarmos...Beijino prateado da
SOL

markus disse...

Lindoooooooooo o teu banco de jardim.
Uma optima semana. Bjos***

Rui Caetano disse...

As imagens e as palavras unem-se nos sentidos diversos.

Páginas Soltas disse...

Faltam- me as palavras para descrever tão belo poema...

Também um dia... Fui a um jardim e viajei no tempo da memória...

Sublime Poema!

Beijos da

Maria

Meg disse...

Da solidão do primeiro dia, passando pelo cheiro a primavera e a maresia, até...
Valeu a espera e o percurso.
Gostei.
Um abraço

Anónimo disse...

Só queria ter um jardim com um banco assim.
Gostava tanto.
Bonito!
Bjinhos.Pedro

Lúcia Laborda disse...

Que lindo! Que esse jardim passa florescer cada vez mais e que possa, principalmente fazer mais pessoas felizes!
Beijos

FRANCO disse...

Às vezes,no meio de uma multidão imensa,senta-mos 'nesse' banco...
não ouvimos pássaros,não ouvimos o mar...mas o murmúrio dos outros na passagem,o chocalhar dos saltos altos na pedra da calçada,até que alguem se lembra que há um mundo infindável dentro de nós.

manuela disse...

...porque encontraste a tua razão de Ser...um poema maravilhoso...beijos.