"SEM CERA"

Um amigo me falou sobre ser sincero e me disse que um dia me contaria sobre a origem da palavra. Como sou curiosa quando se fala de origens e principalmente sobre uma coisa tão linda que é a sinceridade, eu fui pesquisar e encontrei essa mensagem linda assinada por Malba Taham!!!!
Não preciso dizer que fiquei sensibilizada com o mensagem... e por ele ter me falado sobre isso.
Então meu amigo "secreto" este é especialmente para você, com todo o meu carinho, sincero.
E divido agora com vocês.

Eärwen



ORIGEM DA PALAVRA SINCERA -

Sincera é uma palavra doce e confiável.
Sincera é uma palavra que acolhe ... e essa é uma palavra
que deveria estar no vocabulário de toda alma.

Sincera foi uma palavra inventada pelos romanos.
Sincero vem do velho, do velhíssimo latim...
Eis a poética viagem que fez sincero de Roma até aqui:

Os romanos fabricavam certos vasos de uma cera especial.
Essa cera era, às vezes, tão pura e perfeita
que os vasos se tornavam transparentes.
Em alguns casos, chegava-se a se distinguir um objeto - um colar,
uma pulseira ou um dado - que estivesse colocado no interior do vaso.
Para o vaso, assim fino e límpido, dizia o romano vaidoso:

- Como é lindo!!! Parece até que não tem cera!!!

"Sine-cera" queria dizer: "sem cera" uma qualidade de vaso perfeito,

finíssimo, delicado, que deixava ver através de suas paredes;

e da antiga cerâmica romana,
o vocábulo passou a ter um significado muito mais elevado.

Sincero é aquele que é franco, leal, verdadeiro, que não oculta,

que não usa disfarces, malícias ou dissimulações.

O sincero, à semelhança do vaso, deixa ver, através de suas palavras,

os nobres sentimentos de seu coração. (
Malba Taham )

1 comentário:

®efeneto disse...

Amiga, para comentar este teu trabalho, escolhi um pensamento de um escritor português que eu admiro. Para além de escreveres magistralmente, tens o dom de escolheres temas e ideias que revelam uma inteligência maravilhosa. Continua que nós adoramos. Teu amigo....efeneto.
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Pensamento/Reflexão
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Escreve!

Senta-te diante da folha de papel e escreve. Escrever o quê? Não perguntes. Os crentes têm as suas horas de orar, mesmo não estando inclinados para isso. Concentram-se, fazem um esforço de contensão beata e lá conseguem. Esperam a graça e às vezes ela vem. Escrever é orar sem um deus para a oração. Porque o poder da divindade não passa apenas pela crença e é aí apenas uma modalidade de a fazer existir. Ela existe para os que não crêem, como expressão do sagrado sem divindade que a preencha. Como é que outros escrevem em agnosticismo da sensibilidade? Decerto eles o fazem sendo crentes como os crentes pelo acto extremo de o manifestarem. Eles captarão assim o poder da transfiguração e do incognoscível na execução fria do acto em que isso deveria ser. Escreve e não perguntes. Escreve para te doeres disso, de não saberes. E já houve resposta bastante.

Vergílio Ferreira,